Mercado brasileiro: 11 oportunidades no varejo nacional

por Americanas

10 de julho de 2023

Fique por dentro das principais oportunidades e tendências do mercado brasileiro e impulsione suas vendas

O mercado brasileiro está em constante transformação! No fim, sai na frente quem está atento às tendências e disposto a mudar ou se adaptar para conquistar um negócio cada vez mais alinhado ao momento e as expectativas dos clientes. 

Depois de assistirmos os processos de compra e venda sendo digitalizados de forma extraordinariamente rápida por conta da pandemia, em 2022, o comércio eletrônico começou a dar os primeiros sinais de estabilização. 

O e-commerce já estabeleceu sua força 

Segundo a 47ª edição do relatório Webshoppers, elaborado pela Ebit | Nielsen, no total, as vendas do e-commerce cresceram apenas 1,6% em comparação com 2021. Porém, isso não quer dizer que não alcançamos números impressionantes: as vendas bateram um novo recorde, somando R$ 262,7 bilhões em faturamento. 

Essa variação de 1,6% no crescimento das vendas se deu, principalmente, por conta da diminuição do ticket médio dos pedidos, que caiu 7,5% em comparação com 2021. Ao mesmo tempo, a quantidade de pedidos teve uma alta de 8%. Por isso, notamos um efeito de estabilidade nos resultados de vendas.

Com a estabilização, vemos o mercado brasileiro mais preparado em relação ao e-commerce: com consumidores mais atentos e acostumados com os processos digitais e lojistas preparados para o desafio de vender por meio de uma tela. 

Esse cenário abriu portas para que mais consumidores se sentissem à vontade com o e-commerce. O resultado: um crescimento de 24% na entrada de novos consumidores no online, assim, em 2022, somamos 108,9 milhões de clientes no ambiente digital. 

Ou seja, tem muita gente comprando, muita gente vendendo, e o e-commerce se estabeleceu como um mercado forte e importante no país! Então, se você tem um negócio, deve estar se perguntando: como eu saio na frente da concorrência e chamo a atenção do público. E a resposta é simples: se adaptando! 

Não basta digitalizar, é preciso se adaptar ao mercado brasileiro! 

A digitalização com certeza ainda é o primeiro passo para você chegar mais longe com o seu negócio, independentemente se você já tem um negócio físico ou está começando agora. 

Porém, estar presente no universo digital já deixou de ser um diferencial. Agora, é preciso estar atento às próximas tendências do mercado para entender quais são os próximos passos do seu negócio. 

Para te ajudar, analisamos 11 oportunidades do mercado brasileiro que não trazem apenas tendências que você deve ficar de olho, mas também um grande potencial para alavancar os negócios, seja online ou físico. 

11 oportunidades do mercado brasileiro para ficar de olho

Conheça algumas tendências que estão em alta no mercado brasileiro e veja qual delas faz sentido para o seu negócio e pode ser incluída nas suas estratégias:

1 – Omnichannel: integração online e offline

Com a digitalização dos processos de venda, a jornada de compra dos clientes deixou de ser linear. Agora, ele passa por diferentes trajetos e canais até a decisão de compra. Por isso, não basta estar presente no universo digital, é preciso se adaptar, e o omnichannel é o caminho certo! 

Com uma estratégia omnichannel, você tem a sua operação física e online completamente integrada, fazendo com que esses ambientes trabalhem de forma coerente. Assim, você oferece uma experiência de compra ainda mais rica aos seus clientes, que podem começar a jornada em um canal e finalizar em outro. 

A pesquisa “Tendências do Varejo 2023”, da Opinion Box com a Dito, mostrou que 84% dos consumidores gostam que lojas físicas e online estejam integradas, dessa forma, eles podem migrar de uma plataforma para outra com facilidade. 

As ações de omnicanalidade trazem ainda mais flexibilidade para os clientes, permitindo que eles completem a jornada de compra conforme as suas necessidades do momento. 

Por exemplo, na pesquisa, 87% dos consumidores afirmaram que já pesquisaram o preço de um produto na loja física e compraram pela internet. Enquanto isso, 80% fizeram o caminho reverso, pesquisando o preço na internet e finalizando a compra na loja física. 

Além disso, quando consideramos a logística da compra, as estratégias omnichannel podem trazer o diferencial que o cliente precisa para tomar a decisão de compra: 78% já comprou online e retirou o produto na loja física, e 68% já comprou em uma loja física e pediu para entregar o produto em casa. 

2 – Tecnologias de pagamento

A digitalização dos processos de venda abriu portas para uma série de novidades quando consideramos diferentes formas de pagamento. E apesar dessas tecnologias ainda estarem em crescimento e muitas pessoas ainda não conhecem tão bem os sistemas, a aceitação é alta: 86% dos consumidores concordam que a tecnologia ajuda muito no processo de compra. (Opinion Box e Dito)

 O levantamento “E-commerce Trends 2023”, da Opinion Box com a Octadesk, mostrou que alguns dos principais motivos que levam os consumidores a comprar online são: porque têm as formas de pagamento que ele prefere (34%) e porque tem formas de pagamento diferenciadas (30%). 

Além disso, 42% dos entrevistados afirmaram que a forma de pagamento influencia diretamente a escolha no momento da compra online. Entendeu como oferecer formas de pagamento variadas pode ser um grande diferencial para o seu negócio? 

Compras no cartão de crédito, débito, boleto bancário ou PIX já fazem parte do dia a dia dos consumidores brasileiros. Outros meios como pagamentos por QR Code e carteiras digitais estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, por isso, vale a pena ficar de olho. 

3 – Sustentabilidade e ESG

As iniciativas sustentáveis têm ganhado cada vez mais força no varejo nacional! A atenção a esse posicionamento passou a influenciar como o público consome e como as lojas lidam com suas produções. 

Logo, muitas lojas do mercado brasileiro começaram e estipular processos produtivos mais sustentáveis e até aplicar processos de venda, principalmente no ambiente físico, que estejam alinhados com essa frente. 

Além disso, é importante ressaltar que o público busca cada vez mais lojas alinhadas com suas crenças e valores, tendo isso como o principal motivador. Segundo uma pesquisa realizada pela Union + Webster, 87% dos brasileiros dão preferência aos produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% estão dispostos a gastar mais por isso.

E no meio dessa tendência, surgiu um novo termo: ESG. A sigla, em inglês, significa Environmental, Social and Governance, ou traduzida para o português: Governança ambiental, social e corporativa. Ou seja, ESG é uma política adotada pelas empresas que reforça o compromisso da companhia de adotar processos mais sustentáveis e conscientes perante o meio ambiente.

Levar as normas do ESG em consideração dentro do seu negócio pode ser uma forma de fortalecer o seu compromisso com a sustentabilidade de forma mais precisa, deixando claro interna e externamente que as práticas sustentáveis são uma prioridade da sua operação. 

4 – Recommerce 

Você já ouviu falar em recommerce? Esse é nome dado a prática de revender produtos usados ou vender itens de segunda mão. Essa prática anda lado a lado com o movimento sustentável, onde o público consome de forma consciente e mais sustentável, mas, ao mesmo tempo, quer pagar menos.

Um levantamento do Sebrae mostrou que a venda de produtos usados cresceu quase 50% nos últimos anos. Já o Relatório de Revenda de 2022, da GlobalData, mostrou que cerca de 41% dos consumidores procuram primeiro roupas de segunda mão quando estão comprando.

E revenda de produtos pode ser uma ótima alternativa até para os lojistas que ainda não tem um negócio e pensam em começar no e-commerce. As lojas que já estão estabelecidas também podem impulsionar suas vendas com o recommerce, criando outlets e salões de produtos de segunda mão. 

5 – Segurança digital e LGPD

Com o crescimento acelerado das vendas online e a aprovação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), questões relacionadas à segurança no ambiente digital ganharam relevância no mercado brasileiro. 

A preocupação com a segurança dos consumidores durante o processo de compra é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Investir em tecnologia para evitar ataques cibernéticos e garantir um ambiente seguro para os clientes fornecerem seus dados são questões que devem estar em foco. 

Segundo a pesquisa da Opinion Box com a Octadesk, 71% dos consumidores evitam comprar em certas lojas por medo e 87% já deixaram de comprar online por achar que a loja não era segura.

Ou seja, oferecer um ambiente que passe confiança e segurança aos seus clientes será um grande divisor para os resultados do seu negócio. 

mercado brasileiro - interna

6 – Uso de dados para personalização da experiência de compra

O uso de dados para incrementar a experiência de compra dos seus clientes é uma tendência que cresce cada vez mais no mercado brasileiro digital. Muito se fala sobre conhecer bem o comportamento de compra dos clientes, porém, para criar uma jornada personalizada, é preciso conhecer o seu público ainda melhor.

O uso de dados para incentivar o engajamento dos consumidores é uma estratégia certeira. Afinal, criando comunicações e conteúdos mais personalizados, você pode encantar e reter seus clientes, impulsionando o seu relacionamento com eles e a fidelização deles. 

A pesquisa da Opinion Box com a Dito mostrou que 72% dos brasileiros esperam que as empresas saibam reconhecê-los como indivíduos únicos e identifiquem seus interesses. Além disso, 73% preferem comprar de marcas nas quais já tiveram experiências personalizadas. 

E você sabe que o cliente fiel é a chave para a entrada de novos consumidores, não é mesmo? O cliente fiel, retorna para comprar no seu negócio e também indica – de graça – a sua loja para outras pessoas. A pesquisa também mostrou que 75% dos consumidores indicam marcas que oferecem experiências personalizadas. 

7 – CRM

E não tem como falar sobre uso de dados e relacionamento com clientes sem citar CRM. O termo em inglês significa Customer Relationship Management ou em português: Gestão de relacionamento com o cliente.

Essa ferramenta tem crescido cada vez mais no mercado brasileiro e é extremamente importante quando o assunto é manter o seu relacionamento com os clientes em dia, fazendo com que eles se sintam mais especiais. 

O CRM utiliza os dados coletados dos seus consumidores para criar conteúdos e comunicações relevantes, permitindo que você interaja com os clientes de forma personalizada e incentive a compra na sua loja com os argumentos certos para a conversão. 

As estratégias de CRM ainda propõem que, para manter esse relacionamento, você utilize ferramentas e soluções automatizadas, potencializando o relacionamento com os seus consumidores. O estudo “Seasonal Insights”, realizado pela Offerwise e encomendado pela Meta, mostrou que 67% dos brasileiros gostariam de receber ofertas personalizadas.

8 – Chatbots 

O chatbot é uma ferramenta que pode ser um grande aliado para impulsionar o atendimento da sua loja. Ele funciona como um robô de atendimento que conversa com o seu cliente como se fosse uma pessoa real, oferecendo informações previamente programadas e automatizadas para oferecer uma experiência mais humanizada.

A pesquisa da Opinion Box com a Dito mostrou que a utilização dessas tecnologias pode potencializar a jornada de compra: 86% dos consumidores concordam que a tecnologia ajuda muito no processo de compra. Além disso, a análise ainda destacou os chatbots como uma ferramenta bem conhecida pelos consumidores, e 30% afirmou que já utilizou esse robô de atendimento no processo de compra.

Apesar do chatbot não excluir o atendimento humanizado, ele pode ser um ótimo investimento para impulsionar um atendimento mais inicial com o seu consumidor, tornando a experiência de compra na sua loja ainda mais avançada. 

9 – Live commerce

O live commerce ganhou força durante a pandemia e aparentemente é uma tendência que veio para o mercado brasileiro para ficar! O live commerce é uma estratégia que alia vendas e divulgação de produtos ao vivo e on-line. 

Ou seja, em uma transmissão ao vivo o apresentador mostra os produtos, testa e incentiva a compra, ao mesmo tempo que conversa com os telespectadores e tira suas dúvidas. Se eles gostarem do produto podem comprar ali mesmo, com poucos cliques. 

Essa é uma estratégia que pode ser utilizada muito atrelada às redes sociais, onde a realização de lives é muito comum. O levantamento da Opinion Box com a Octadesk mostrou que 46% dos consumidores já compraram via live commerce, sendo que 63% deles utilizaram o Instagram, 49% o YouTube e 17% o Facebook. 

Já imaginou impulsionar a presença da sua loja nas redes sociais com uma live e ainda potencializar os seus resultados de vendas? 

10 – Social commerce

E falando nas redes sociais, elas se tornaram grandes ferramentas de vendas dentro do mercado brasileiro. Por isso, o social commerce ou “comércio social” se tornou uma grande tendência do varejo nacional. 

O social commerce ressalta a comercialização de produtos e serviços dentro das redes sociais e destaca a importância dos negócios estarem presentes em canais como WhatsApp, Instagram, TikTok e Facebook. 

Segundo a pesquisa “E-commerce Trends 2023”, 65% das pessoas pesquisam por produtos para comprar nas redes sociais. Sendo que 66% usa o Instagram, 51% usa o YouTube, 36% pesquisa no Facebook e 11% já utiliza o TikTok para essa busca.  

Já a pesquisa da Opinion Box com a Dito mostrou que grande parte dos consumidores já realizaram compras diretamente nas redes sociais e a experiência foi bastante positiva: todas as redes tiveram acima de 70% de aceitação. As mais populares, WhatsApp e Instagram, registraram 87% e 85% de aceitação, respectivamente. 

11 – Lojas físicas em novos formatos

E a experiência de compra diferenciada também aparece com destaque no comércio físico. Nos últimos anos, novos formatos de lojas físicas começaram a aparecer no mercado brasileiro e, logo, caíram no gosto dos consumidores. 

Elas são lojas mais simples, que buscam oferecer uma jornada de compra mais ágil e direta. Conheça alguns modelos: 

Pick-up store

O termo significa “retirada em loja” e reforça exatamente essa tendência do consumidor comprar online e optar por retirar o produto em um local físico por conta própria. A pick up store aparece como uma opção para os lojistas oferecerem mais opções de entrega e o consumidor reduzir os gastos com frete. 

Além disso, a pick up store aparece como uma solução democrática para o e-commerce, uma vez que, os consumidores, muitas vezes, não conseguem receber os produtos em suas casas e a opção de retirada pode ser o diferencial que eles precisavam para finalizar a compra. 

Pop-up store

A Pop-up store é uma loja temporária criada para oferecer uma experiência diferenciada aos consumidores e chamar a atenção deles. Muitas vezes esse formato de loja é usado estrategicamente para um lançamento ou em datas comemorativas, proporcionando uma vivência única aos clientes. 

Dark store

As dark stores levam esse nome, que traduzido significa “loja escura”, pois elas funcionam como um balcão de armazenamento de produtos e não uma loja real, que pode receber os clientes. 

As dark stores são focadas na operação logística dos negócios, já que elas ficam posicionadas em locais estratégicos para acelerar o processo de entrega dos produtos vendidos online. 

No fim, podemos notar que a maioria dessas tendências tem um ponto em comum: o foco no cliente! A verdade é que estamos constantemente nos adaptando para atender as necessidades, vontades e expectativas dos consumidores, buscando oferecer a melhor experiência de compra. 

Ou seja, para se destacar no mercado brasileiro, basta entregar exatamente o que os seus clientes querem. Eles estão cada vez mais conscientes dos processos de venda e buscam experiências únicas e diferenciadas, e com as estratégias certas, você pode entregar isso e chegar cada vez mais longe! 

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